sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

TODOS OS FINS SÃO PRINCÍPIOS

Há dias, discutia-se por aqui o quanto o Ocidente pode ensinar os povos que não são Ocidente, mas ninguém estabeleceu os limites e as características da coisa. Talvez os crentes nessa coisa que não caracterizam pensem na Europa, mas não se perguntam o que é a Europa. Pensam na Albânia, no Kosovo? Em que será que pensam?

Pelo meu lado, para simplificar geografias, diria que a Europa vai de S. Francisco a Vladivostoque e a sua identificação faz-se pela herança recebida do Império Romano, que por sua vez comportava o helenismo que nele se dissolvera, e se converteu a uma crença totalitária semítica, em desfavor do paganismo, plural por natureza.

O Império Europeu, tal como o império que o gerou, também tem o Oriente e o Ocidente, e, neste caso, o Ocidente tem sede nos USA e o Oriente na UE.

Eis que se torna descabido falar do Ocidente a ensinar outros povos que o não sejam. Já agora, a talhe de foice, é bom que se diga que aprender é sempre possível, ensinar, uma impossibilidade. É por isso que um verdadeiro mestre não ensina, estimula e provoca

Certamente que a efabulação do que seja o Ocidente se esquece de que há outras culturas, bem mais antigas do que a ideia de Europa, provavelmente bastante desagradáveis para nós, mas que esperam a sua vez imperial, como é o caso da China.

A China desenvolveu um «perfeito» e poderoso sistema capitalista, capaz de superar as crises típicas do sistema dito liberal e vai reciclar os estragos da nossa decadência e vilania. Não vai aprender connosco, vai apenas desprezar os conceitos que esgrimimos com a hipocrisia que nos caracteriza. Que caracteriza a cultura judaico-cristã, nosso veneno genético.

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