quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

DAS BOAS MANEIRAS

Histon, 3 JAN 2019

O instinto de sobrevivência é, nos seres vivos, algo que poderíamos comparar com a inércia dos graves. Passe a caricatura, a inércia é isto: o que se move não quer parar e o que está parado não se quer mover. Assim, do mesmo jeito, o que está vivo não quer morrer e o que está morto, morto está.

Pois bem: nos humanos, o instinto de sobrevivência gera a necessidade da manutenção da vida e, consequentemente, o medo dos obstáculos à sua satisfação, seja advindos da natureza, seja do confronto com outros viventes. Isto tem sido resolvido de duas formas: agride-se ou foge-se; agride-se aquele que tem o que seria melhor sermos nós ater, agride-se a natureza para lhe extrair o sustento. Foge-se se os obstáculos são maiores do que a nossa coragem, se aquele que queremos submeter ou roubar é mais forte do que parecia. Acobardamo-nos, tornando-nos vítimas, ou esperamos melhor ocasião.

Esta é a condição primárias, atávica, mas o homem civilizado é ainda assim, só que polidamente quanto baste, com boas maneiras, sempre que possível.

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