sábado, 15 de dezembro de 2018

HIGIENE PLUMITIVA

Há dias, um correspondente facebbokista, sentindo-se criticado no referente às suas useiras partilhas mais do que criticáveis, barafustava dizendo que não admitia censura. Que abuso do conceito de censura!

Será que quererá dizer na sua que os mais têm de comer e calar?

Censura é outra coisa, é não nos deixarem dizer coisas verdadeiras, pertinentes e justas, não é dizerem-nos que o que estamos a dizer não é verdadeiro, nem pertinente nem justo. Afinal, se todos tivéssemos o cuidado de usar o triplo filtro de Sócrates, esta conversa seria inútil.

Censura sei bem o que é e sofri-a em pleno – coisa que presumidamente o tal correspondente não deve saber o que seja – quando escrevia no Notícias da Beira (Moçambique). Tempos idos, que se repetirão em breve, claro que em outros moldes, à Bolsonaro, que é o que os sites que o meu correspondente frequenta preparam.

Mas é bom que se lhe diga, para que não se confunda, que quando um chefe de redacção ou um director de um jornal impede a publicação de textos injuriosos não está a exercer censura, está a zelar pela dignidade e pela ética do jornal.

Se o Facebook cumprisse rigorosamente o seu próprio regulamento, mais de metade do que por aqui anda não seria publicada; obviamente que não seria censura, mas uma questão de higiene. Não o faz e é pena. Só que o pilim fala mais alto. E a lógica de o ganhar diz quanto mais rasteiras são as coisas mais dinheiro dão.

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