sábado, 15 de dezembro de 2018

TODA A TIRANIA É INOCENTE; TODOS OS ESCRAVOS SÃO CULPADOS.

Cansado dos «amigos» de ocasião que querem que eu goste de fake news e de sites da internacional ultra-direitista, pus há dias um post com a promessa – foi promessa, não foi ameaça – de bloquear quem me pareça alinhado com a doença mental que está a conduzir o mundo para um desastre conhecido.

Alguém que se sentiu picado – e quem se pica alhos come – abespinhou-se, que isto era censura. Francamente. Censura? Que falta de respeito pelo conceito, que abastardamento das palavras!

A liberdade não é irrestrita. Por exemplo, apelar à violência não se enquadra em qualquer direito, é um crime. É evidente que a internacional ultra-direitista não apela directamente à violência, é hipocritamente sofisticada, cria apenas as condições. Viu-se nos USA, viu-se no Brasil, está a ver-se na França, na Bélgica, na Holanda. Em Portugal querem até uma manifestação de coletes amarelos, sem aludirem sequer a aumentos nos combustíveis (que por sinal baixaram e baixam de novo para a semana que vem), o objectivo, é apenas parar o país. Porquê? Porque sim.

A internacional ultra-direitista percebe muito bem como se catequisam as massas e como se acarneiram as mesmas apelando aos seus instintos mais primários. Levaram à perfeição a transmutação da mentira em verdade. A vontade de acreditar no seio das massas é enorme e os meios cibernéticos espalham a peçonha de forma vertiginosa. Inventa inimigos, calunia, mente, usa o descontentamento da classe média, procura estabelecer o caos. Em nome da liberdade vai criando as condições para nos roubar a liberdade.

E nós vamos deixando.

Militantes conhecidos desta internacional ultra-direitista estão a introduzir-se nas instituições do Estado, nos meios de comunicação e dominam sites que os tolos, os ingénuos e os colabo partilham. Têm preponderância nas redes sociais.

Os desprevenidos, os ingénuos e os azedos ajudam a espalhar a peçonha.

A cultura peçonhenta que se instalou é o substrato do silêncio e da noite que se anuncia. Foi assim nos anos trinta do século passado, é assim nos dias que correm.

Quem planta cardos não pode esperar colher flores de cheiro.

Os falsos ingénuos que fingem não saber o que se passa e se esforçam por acreditar que as mentiras que espalham são verdade, fazem lembrar o Fox Mulder – lembram-se? – que tinha escrito na janela: I want to believe! É a vontade de acreditar que cria estes falsos ingénuos, que acumulam habitualmente com a condição de imparciais: vêem um matulão a bater em um desgraçado e nada fazem, julgando que a gente não percebe que objectivamente estão do lado do mais forte.

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