domingo, 11 de março de 2018

SÓ A BRINCAR SE PODE SER SÉRIO. PATRÕES, BANDIDOS, POLÍCIAS E PADRES NÃO BRINCAM.

Há um ror de tempo, caíram-me nas mãos dois encantos, que devorei várias vezes de fio a pavio: Os Contos do Gin Tónico e Os Novos Contos do Gin Tónico, do Mário-Henrique Leiria.

Dirão alguns que conheçam, sobretudo se conhecerem mal: brincadeira, coisas de rir, coisas pouco sérias, ausência de estímulo à inteligência e outras coisas comuns aos que sofrem de burocracia cerebral. Eu estou nos antípodas, felizmente, embora possa ser suspeito por muito ter alinhado com o non sense, o surrealismo e o dadaísmo.

Sabem a origem de dadaísmo? Vem de dádá, que é a primeira palavra que os bebés pronunciam, para desespera as mães, que dizem para os rebentos: não é assim, diz papá, diz mamã…

Provavelmente, os que se incomodam e deploram estas correntes sentem-se mais confortáveis com a pseudoliteratura do escrevedor a metro, aquele que faz um sorriso matreiro quando lhe chamam o Dan Brown português, ou aquela senhora descritora de alcova, que não recordo o nome e não acredita em coincidências.

São feitios.

Com tanta coisa de valer a pena, para as quais a vida nos não vai dar o tempo suficiente – não contem sequer com prolongamento – algum critério selectivo seria bem-vindo.

Mas como seleccionar?

Não sei.

Sem comentários:

Enviar um comentário